19/01/2012

O “até breve” de Paulinho

Um dos mais queridos jogadores de futsal da história de Campo Mourão, reconhecido e respeitado por todos profissionais da área no Paraná, o pivô Paulo Henrique Zagotto Godoy, o Paulinho, dono de belos e muitos gols resolve dar um tempo na carreira e um até breve para o torcedor.

Uma surpresa para muitos, mas não para este blogueiro, que em setembro de 2011 sentiu durante uma conversa em particular que ele tomaria tal decisão, motivada por uma série de fatores que devem ser respeitados.

Paulinho em ação sempre muito bem
marcado pelos adversário...
 Na época, ainda indeciso, Paulinho me confidenciou que ao mesmo tempo que pensava em parar de jogar para iniciar sua carreira de advogado, pela qual tanto lutou estudando e jogando nos últimos anos, também não se imaginava fora das quadras, deixando de fazer que sempre gostou desde de menino... gols.

"Não da mais, preciso seguir a carreira pela qual me preparei nesses últimos anos. Vou sentir muita falta do futsal, de tudo que vivi até aqui, mas infelizmente preciso optar. Quem sabe eu ainda volte, mas neste momento estou dando um tempo", justifica.

Uma pena, mas o nosso principal goleador das últimas sete temporadas optou mesmo pela precoce “aposentadoria” e vai nos deixar órfãos de suas brilhantes jogadas, que muitas vezes se transformaram em lindos gols. Vamos sentir saudades Paulinho.

... e pela imprensa
 Ao todo, desde 2005 quando disputou a Chave Ouro por Campo Mourão pela primeira vez, foram cerca de 100 tentos, uma média de 15 por ano, que muito ajudaram a equipe na sua trajetória.

Títulos - Neste período foram dois títulos conquistados e alguns vices campeonatos. O mais importante deles, e talvez até da história do futsal mourãoense, foi o de campeão da Liga Sul em 2006, quando foi considerado, inclusive, pela crítica especializada (Revista Umbro), destaque da competição ao lado do pivô Micky, da extinta equipe da John Deere (da Liga Futsal) e seleção brasileira. No mesmo ano Paulinho também foi peça fundamental na conquista da Fase Final dos Jogos Abertos do Paraná, em Maringá.

As boas apresentações renderam bons momentos ao talentoso pivô. Em 2010, já consagrado na modalidade, defendeu o Paraná no Brasileiro de Seleções, realizado na região Nordeste do país, anotando três gols na conquista do vice-campeonato.

Assédio - E não foram poucos os convites para que Paulinho deixasse Campo Mourão, por sorte, todos recusados por ele. Equipes como Umuarama, que em 2007 foi campeão da Chave Ouro, no mesmo ano tentou sua contratação, não concluída por opção do jogador de continuar o estudos. O mesmo acontecendo com Guarapuava e tantos outros grandes times que o assediaram durante sua curta, mais vitoriosa carreira, iniciada muito cedo, aliás.

Trajetória - Em 2000, ainda menino, mas bom de bola, ele saiu de casa para defender as categorias de base do Paraná Clube, em Curitiba. Dois anos depois foi jogar futebol de campo, vestindo a camisa do Coritiba, no Alto da Glória, onde chegou a ser convocado para a seleção da cidade, defendo a capital nos Jogos da Juventude do Paraná. Competição que também está entre as que conquistou em seu currículo.

Mas em 2004, desmotivado, Paulinho resolveu voltar para Campo Mourão para estudar, deixando para trás uma carreira como profissional de futebol de campo, que só não se concretizou por sua própria decisão, já que tantos outros nomes daquela mesma geração seguiram em frente e hoje defendem clubes tradicionais pelo Brasil e o mundo, como o lateral Rafinha e o meia Pedro Ken, por exemplo.

De lá para cá já sabemos. Ele voltou atrás e resolveu além de estudar continuar jogando futsal. Foram sete anos de boas e as vezes razoáveis apresentações, mas que sempre contribuíram para o crescimento da modalidade. Anos de muito esforço e sobretudo de companheirismo.

Boa sorte Paulinho, mas principalmente, obrigado por nos ter presenteado com belos gols e momentos de extrema alegria e comemoração. Que Deus te abençoe e que sua carreira jurídica seja repleta de grandes jogadas e muitos golaços, como os que você nos acostumou a ver dentro de quadra e que certamente vai nos deixar muita saudade.